11 outubro 2020

"FORA BOLSONARO": Ministério Público Federal quer que CBV e STJD expliquem denúncia feita contra Carol Solberg

O Ministério Público Federal quer que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) expliquem a denúncia feita contra a jogadora Carol Solberg por se manifestar contra o presidente da República Jair Bolsonaro, ao final de uma partida do Circuito Nacional. No último dia 20 de setembro, após conquistar medalha de bronze, a atleta de vôlei de praia gritou "Fora Bolsonaro" em entrevista ao vivo durante o evento. Carol Solberg foi denunciada com base nos artigos 191 e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O primeiro deles faz alusão ao cumprimento do regulamento da competição: "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição". E o segundo à atitude antidesportiva: "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código à atitude antidesportiva". Porém, segundo o despacho do Ministério Público, tal denúncia carece de explicações. Segundo o MPF, “não restou claro qual regulamento especificamente teria sido descumprido, o que permitiria a apreciação de sua conformidade com o mandamento contido no art. 5º, inc. IV, da Constituição da República (“é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”). O Ministério Público questiona também o diferente tratamento que teria sido dado à Carol, em relação ao que foi empregado contra os jogadores da seleção masculina de quadra, que fizeram o número do então candidato Jair Bolsonaro após um jogo. Não houve punição aos atletas, nem foi apresentada denúncia à época.


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