Por meio da
Secretaria de Operações Integradas (Seopi), o Ministério da
Justiça colocou em prática um plano de monitoramento de 579 servidores da área
de segurança pública que se declaram opositores do governo. Os alvos fazem parte de
movimentos autodenominados antifascistas, formado por policiais militares e civis.
Agentes federais também integram o grupo, que está na mira das diligências
deflagradas sem inquérito ou pedidos do Judiciário. Em nota, o Ministério da
Justiça afirma que a prática não se tratou de investigação, mas, sim, de
atividade de inteligência. Após o caso vir à tona, o Ministério Público
Federal pediu explicações do governo sobre o ato, que relembra práticas usadas
pelo regime militar. Entre as pessoas monitoradas estão três professores
universitários. O Executivo tem 10 dias para atender à determinação, feita pelo
procurador regional dos Direitos do Cidadão do Rio Grande do Sul, Enrico
Rodrigues de Freitas. A atividade suspeita em uma das pastas da Esplanada foi
revelada pelo UOL e, de acordo com o portal, foi produzido um dossiê com
posicionamentos e endereços nas redes sociais de servidores estaduais e
federais. Apesar de alegar tratar-se de um trabalho técnico, o
Ministério da Justiça teria repassado as informações a órgãos políticos, e não
só de segurança, o que abre espaço para que servidores sofram retaliações ou
punições de caráter ideológico e político. Em nota à imprensa, a pasta afirmou
que “cabe à Diretoria de Inteligência, que hoje integra a Secretaria de
Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, como
atividade de rotina, obter e analisar dados para a produção de conhecimento de
inteligência em segurança pública e compartilhar informações com os demais
órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência”.
Reginaldo Monteiro

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