24 fevereiro 2020

CRÍTICA: Com bandeira indígena, Portela alfineta Crivella e Bolsonaro


Em um Carnaval recheado de sambas politizados, a Portela é mais uma escola a desfilar com uma mensagem crítica. A azul e branco de Madureira levanta a bandeira indígena ao lembrar aqueles que chegaram primeiro ao local que há quase 455 anos passou a se chamar Rio de Janeiro. Com o enredo 'Guajupiá, Terra sem Males', a agremiação diz em sua letra que sua aldeia é "sem partido ou facção, não tem bispo, nem se curva a capitão", em uma crítica indireta ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Rogério Lobo, um dos compositores do samba, explica que a ideia não era se posicionar contra os políticos, e sim contar a história dos índios tupinambás. Segundo ele, o grupo não se submetia a líderes religiosos, nem servia a um cacique ou a uma hierarquia tão explícita. Porém, o compositor admite que a letra abrange esta interpretação. "Lógico que a gente usa de uma licença poética para poder escrever. Mas o objetivo principal nunca foi fazer crítica nem ao governo municipal nem ao governo federal. Nosso objetivo é contar a história como ela é. Agora, as pessoas têm a liberdade de entender como elas quiserem", afirma Rogério Lobo.
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