As afirmações do presidente brasileiro foram repudiadas pelo presidente
do Senado do Chile, Jaime Quintana, do partido opositor PPD, pela senadora
opositora e socialista Isabel Allende e pelo deputado do partido de direita
União Democrática Independente (UDI), Issa Kort, integrante da Comissão de
Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.O
presidente do Senado disse que as declarações do presidente Bolsonaro "são
um insulto a todos os chilenos". Quintana disse ainda que um presidente
"deve saber que todos os temas de direitos humanos são muito sensíveis em
cada país". Quintana, que é do partido opositor PPD, também afirmou que um
político "não deveria usar a linguagem de ódio". Ele afirmou que
ainda bem, como pediu a oposição , que o presidente do Chile, Sebastián Piñera
e seu chanceler reagiram às palavras de Bolsonaro. E acrescentou: "Nós
chilenos e os brasileiros sabemos que estes tipos de declarações, de maneira
alguma, devem afetar a amizade que temos como povos. Temos respeito pelos
brasileiros". Para Kort, a história do Chile pertence ao Chile "e
outros presidentes não se metem" nela. "As declarações do presidente
brasileiro Jair Bolsonaro são lamentáveis. Nós sempre defendemos que as
batalhas políticas se ganham com argumentos, com ideias e não com
ataques", disse Kort. "Em segundo lugar, as declarações são
lamentáveis porque no Chile conhecemos
nossa história e devemos aprender com a nossa própria história e não permitir
que outros países usem esta história para fins políticos particulares. Como
políticos, devemos conhecer a história e ser responsáveis por construir o
presente e futuro. Aqui nunca usamos a história do Brasil para fins de política
interna. Portanto, também não podemos aceitar que um líder, como Jair
Bolsonaro, possa usar a história do Chile para temas de política interna. O que
aconteceu no Chile fica no Chile e os presidentes não se metem (nisso)".
05 setembro 2019
Reginaldo Monteiro

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