Eduardo brigou com Kim, que
brigou com Joice, que brigou com Carla, que brigou com Frota, que brigou com
Carlos que brigou com todo mundo. Eduardo vai para os EUA, Kim se afastou do
bolsonarismo, Frota foi expulso do PSL, Joice vai ser candidata a prefeita
Carlos segue brigando sozinho e Carla bajula o Moro, que não tinha entrado
nesta história.
A versão
adaptada do poema "Quadrilha", escrito por Carlos Drummond de Andrade
em 1930, conta um pouco da forma como a direita governista tem entrado em
choque nas redes sociais. As brigas internas não atingem somente o PSL, o partido
do presidente Jair Bolsonaro, mas também a base de apoio no Congresso. O
conflito entre a rede bolsonarista e políticos de direita nas redes sociais (e
fora dela) é muito maior do que a adaptação do poema permite associar. Inclui
ainda todo o primeiro escalão, como os ministros, os filhos do presidente e
políticos do chamado centrão. A briga de maior impacto dentro da base do
governo afetou a maioria do PSL na Câmara - com a expulsão do deputado federal
Alexandre Frota, o PT passou a ser o partido com maior número de representantes
na Casa. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) foi o protagonista da crise mais
recente. Investigado por irregularidades em seu gabinete por uso de
funcionários fantasmas e pela "rachadinha", quando o servidor repassa
parte do salário para o parlamentar que o contrata, ele diz que está afastado
do cargo para cuidar do pai, internado em São Paulo. Carlos tem dormido lá
todas as noites. Nesse período, fez um tuíte defendendo a ditadura. Nem o irmão
mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), escapou dos tuítes, ao
publicar uma lista de transações suspeitas que incluía o nome dele.
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