17 abril 2019

FAKE NEWS: Acusações de bolivarianismo e de ligação com traficantes embasaram inquérito do STF


O ministro Alexandre de Moraes determinou o cumprimento, nesta terça (16), de mandados de busca e apreensão contra sete pessoas suspeitas de promover ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF). A ação está ligada ao inquérito que apura fake news e ameaças a membros da corte. Nos mandados, Moraes fala em notícias fraudulentas, denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de intenções caluniosas, difamatórias e injuriosas que "atingem a honorabilidade e a segurança" da corte, de seus membros e de seus familiares. A decisão do magistrado tem sido alvo de críticas. Para a Associação Nacional dos Procuradores (ANPR), por exemplo, representa "claro abuso de poder". A Folha de S.Paulo localizou os perfis de cinco dos setes citados: Paulo Chagas, Izabelle Trevisani, Erminio Nadin, Omar Rocha Fagundes e Carlos Antonio dos Santos. Também foram alvo dos mandados de busca e apreensão Sergio Barbosa de Barros e Gustavo de Carvalho e Silva.
General Paulo Chagas
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirma que Paulo Chagas, que é general da reserva, faz "propaganda de processos ilegais para alteração da ordem política e social". Moraes afirma que, em mais de uma postagem, Chagas defendeu a criação de um "tribunal de exceção" para julgar ou substituir os ministros do STF. À Folha de S.Paulo Chagas disse que o inquérito indica que o presidente da corte, Dias Toffoli "está se defendendo para esconder alguma coisa".

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