Mais uma polêmica rondou o governo Jair Bolsonaro (PSL) após o
presidente determinar que o Ministério da Defesa “comemorasse” os 55 anos do
golpe militar, que instaurou uma ditadura no País em 31 de março de 1964.
Durante o período, houve o fechamento do Congresso, torturas, mortes e censura.
Portanto, a “comemoração” não foi bem vista por vários setores da sociedade.
Alguns
congressistas chegaram a repudiar formalmente a determinação do presidente, que,
recuado, negou ter ordenado uma celebração. Segundo ele, a intenção era apenas
“rememorar” o fato histórico. A deputada estadual Isa Penna (PSOL) fez parte do
grupo que criticou a determinação do presidente. Em fala na Alesp (Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo) feita nesta quarta-feira (27) ela se
referiu diretamente ao presidente para fazer sua declaração contra o regime
ditatorial.
Segundo
relatou ao blog, a deputada resolveu fazer isso pelo fato de Bolsonaro estar no
Comando Militar do Sudeste, que fica perto da Assembleia. O presidente ia
conhecer uma pesquisa feita pela Universidade Presbiteriana Mackenzie na
instituição, mas mudou de ideia depois de uma manifestação de alunos contra a
presença dele acontecer no local.
“Sua presença
foi repudiada por quase mil estudantes em ato”, afirmou a deputada dizendo que
se dirigiu a ele para “confrontar o projeto de país lastimável que hoje ele
representa como presidente”. Segundo Isa, sua intenção foi demonstrar que não
tem medo. “Não vamos nos amedrontar com seus excessos e abusos de autoridade.
Sabemos que o projeto de país dele passa por um projeto autoritário, mas nós
vamos denunciar isso a todo momento”, afirmou a parlamentar.
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