A
queda de cabelo parece um mal universal. A alopecia androgenética, também
conhecida como calvície, é um problema estético, mas que também atinge outras
áreas, alcançando também o campo emocional — principalmente quando leva à perda
total ou parcial dos cabelos. "Lembrando que a calvície feminina tem
aumentado consideravelmente. Hoje admite-se que uma a cada 8 mulheres tem esse
tipo de problema, o que representa de 15 a 20% das mulheres e é por isso que os
consultórios dermatológicos estão cheios de pacientes buscando tratar a
calvície. E no homem essa estatística é até maior", analisa o
dermatologista Dr Abdo Salomão Jr, membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia. Mas afinal, por que tanta gente está sofrendo com queda de
cabelo?
De
acordo com o dermatologista, existem muitos danos que favorecem a queda dos
fios. Há causas hereditárias, problemas nutricionais, danos ao cabelo,
problemas hormonais, uso de remédios, doenças, distúrbios psicológicos e o
próprio processo natural de envelhecimento. "Hoje muitos alimentos
prejudicam o cabelo, principalmente a carne, já que os criadores dão hormônio
para o boi engordar mais rápido e a gente acaba absorvendo esses hormônios que
favorecem a queda capilar. E adiciono outra coisa que está no dia a dia: hoje
jovens, homens e mulheres, muitos vão às academias e usam suplementos e alguns,
até esteroides anabolizantes para ganho de massa muscular. Tudo isso além do sol,
cloro, água quente do chuveiro, sal, suor, poluição, a forma como prendemos,
excesso de secador, de química e chapinha, favorecem o quadro",
acrescenta.
É por
existir tantas causas que o dermatologista deve ser consultado. "Nem
sempre o que serviu para uma pessoa fará efeito na outra. O tratamento deve
envolver a causa", explica. Somente o médico poderá corrigir, segundo o
especialista, uma baixa de ferro ou anemia, estudar a cutícula para ver se não
está danificada, estudar o folículo capilar, ver se não tem um problema
hormonal que está ocasionando queda, entre outros.