A pedido da Procuradoria Regional
da República, o prefeito de Jaú, Rafael Agostini (PSB), e dois sócios de uma
empresa da cidade tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados pelo Tribunal
Regional Federal (TRF) da 3ª Região nos autos de um inquérito policial que
apura suposta fraude em licitações e desvio de verbas federais. As denúncias
foram feitas em 2015 ao Ministério Público Federal (MPF) em Jaú, que instaurou
inquérito civil para apurar suposto direcionamento em licitações realizadas
pela prefeitura para o recapeamento asfáltico de vias públicas. As informações
recebidas sobre o suposto desvio de verbas federais do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) para obras de macrodrenagem nos córregos dos Pires e da
Figueira foram remetidas ao MPF de Bauru, que também instaurou inquérito civil.
Já as investigações sobre eventuais crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e
fraude nos certames por parte do chefe do Executivo e dos sócios da empresa
denunciada ficaram a cargo da Procuradoria Regional da República pelo fato de
Agostini ter foro privilegiado. O prefeito de Jaú declarou que "as
contas dele estão à disposição da Justiça" e que "não tem nada a
temer em relação à investigação". O inquérito policial tramita em segredo
de justiça.
(JCnet)