São Paulo teve o quinto dia seguido de protesto contra o governo
Michel Temer (PMDB) que acabou em confusão entre a polícia e os manifestantes.
O ato desta sexta-feira (2) começou pacífico no Largo da Batata, em Pinheiros,
mas terminou em confronto na Avenida Eusébio Matoso e na pista local da
Marginal Pinheiros. Estabelecimentos, pontos de ônibus e lixeiras foram alvo de
depredação. Algumas vias importantes da cidade chegaram a ser bloqueadas. Pelo
menos sete pessoas foram detidas. O protesto, liderado por grupos sociais da
militância negra, pedia a saída de Temer e também a convocação de eleições
presidenciais. No início da noite, o grupo informou à Polícia Militar que
sairia de passeata até a Praça Benedito Calixto, também em Pinheiros. A polícia
negou o trajeto e os movimentos que, até então, lideravam o ato, se
desmobilizaram e deixaram a manifestação. Um novo grupo, porém, passou a
liderar o protesto e seguiu em direção a Avenida Eusébio Matoso. Neste momento,
houve depredação em estabelecimentos, como lojas de automóveis e pontos de
ônibus. A polícia prendeu ao menos sete pessoas que estavam jogando pedras em
vidraças. Alguns manifestantes colocaram fogo em lixo para bloquear a via. Outros manifestantes decidiram seguir em
direção a Marginal Pinheiros. A pista local chegou a ficar temporariamente
bloqueada, mas a polícia conseguiu desfazer o bloqueio e encerrar o ato por
volta das 22h.
(Band)