19 setembro 2016

PADRINHOS: Lula, Temer e Alckmin viram alvo de candidatos em debate

O quarto bloco do debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, TV Gazeta e Twitter arrancou manifestações do público e das mídias sociais ao enveredar pelo tema da corrupção e pela citação de alguns "padrinhos" dos principais candidatos, caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do presidente Michel Temer (PMDB). João Doria (PSDB) defendeu a gestão Alckmin e atacou Fernando Haddad (PT) dizendo que o PT introduziu a corrupção no País. Doria elogiou a "honestidade e decência" do governo Geraldo Alckmin. A fala provocou reações na plateia, que vaiou o candidato e, aos gritos, fez referências ao escândalo da máfia da merenda. Luiza Erundina, do PSOL, disse que é preciso preservar o trabalho da Lava Jato e que não podem ser aceitos excessos, mas fez uma ressalva: "A defesa do ex-presidente Lula é uma questão que diz respeito ao Partido dos Trabalhadores." Haddad disse concordar com Erundina na opinião de que Fernando Henrique Cardoso foi um dos piores presidentes da história da República, mas foi obrigado, mais uma vez, a defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lembrou seus projetos à frente do Ministério da Educação e disse que Lula, durante esse tempo, nu nunca lhe pediu para receber empreiteiros. Mudanças nas leis trabalhistas esquentaram o clima entre Marta Suplicy (PMDB) e Celso Russomanno (PRB). Indagada sobre a intenção do governo Michel Temer de permitir o aumento para 12 horas do limite da jornada diária de trabalho, Marta respondeu: "O presidente Michel Temer não encampou a jornada de 12 horas de trabalho. Quem fez a proposta foi o ministro do Trabalho, que é do partido do Russomanno."
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