O juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sérgio Moro, determinou nesta
terça-feira a quebra de sigilo bancário de 16 dos 23 presos desta nova etapa da
Lava-Jato, entre eles o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras,
Renato de Souza Duque. Os demais são executivos das empreiteiras. A Justiça
também solicitou a quebra de sigilo de empresas que seriam relacionadas a Duque
e ao lobista Fernando Soares, outro investigado no caso. São elas a Technis
Planejamento e Gestão em Negócio, a Hawk Eyes Administração e a D3TM
Consultoria e Participações Ltda. Na última semana, a Justiça já havia decidido
bloquear as contas das três empresas. Sérgio Moro ordenou, ainda, que o Banco
Central envie à Justiça Federal no Paraná os dados bancários de Fernando
Soares. No despacho, são solicitados dados sobre contas, investimentos e outros
ativos mantidos entre os dias 5 e 18 de novembro deste ano. Mais cedo, a CPI
mista da Petrobras quebrou o sigilo fiscal, bancário e telefônico do tesoureiro
do PT, João Vaccari Neto. O tesoureiro foi citado na delação
premiada de Paulo Roberto Costa como um dos operadores do esquema da Petrobras.
Durante a sessão, a base do governo ofereceu resistência para aprovar a quebra
de sigilo.
(O Globo)