A presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu que a
Polícia Federal investigue o responsável por bonecos infláveis que retratam o
presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot. Eles foram usados em uma manifestação anti-PT
ocorrida na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 19 de junho. De acordo com o
documento, assinado pelo chefe de segurança do STF, Murilo Herz, o uso dos
bonecos representou "grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à
credibilidade" do Poder Judiciário. Herz pediu que a Polícia Federal
interrompa a "nefasta campanha difamatória" contra Lewandowski,
inclusive nas redes sociais. "(Os bonecos) configuram, ademais, intolerável atentado à honra do
Chefe desse Poder e, em consequência, à própria dignidade da Justiça
Brasileira, extrapolando, em muito, a liberdade de expressão", escreve
Herz, com o aval de Lewandowski. O documento foi enviado ao diretor-geral da
Polícia Federal em Brasília, Leandro Daielo. Identificados como
"petralhas", os bonecos ganharam o apelido de Petrolowski, no caso do
ministro, e de Enganô, no caso do procurador. Janot, por exemplo, foi retratado
como um arquivo e Lewandowski aparece com os pés cobertos de ratos e segurando
uma balança em que um dos pratos pende para o lado em que está colocado o
símbolo do PT. De acordo com o chefe de segurança do STF, os bonecos foram
inflados por integrantes do Movimento Nas Ruas durante a manifestação em frente
ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Segundo o documento, a líder do protesto
era Carla Zambelli Salgado. Ela é uma das pessoas que se acorrentou na Câmara
no ano passado para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
(Último Segundo)