O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (13), que foram
confirmados 31 novos casos de microcefalia no País. As análises foram feitas
entre os dias 3 e 9 de julho, e ainda existem mais de 3,1 mil quadros da doença
sendo investigados. Ao todo, 1.687 bebês foram diagnosticados com o problema e
outras alterações do sistema nervoso por conta de infecção congênita, além de
102 óbitos. Desde outubro de 2015, já foram notificados à pasta 8.451 casos de microcefalia em 592 municípios de todos os
Estados, sendo que mais de 3,6 mil foram descartados por apresentarem exames
normais ou malformação confirmada por causa não infecciosa. O zika foi
confirmado como causa da microcefalia 266 vezes, mas o ministério acredita que
o número não representa a totalidade de casos relacionados ao vírus, já que a
maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final da doença
estava infectada durante a gestação. O problema é uma malformação
congênita em que o cérebro não se desenvolve como deveria. Os bebês acabam
nascendo com um perímetro cefálico menor que 32 cm. As causas
variam de consumo de álcool durante a gravidez, exposição a substâncias
químicas ou desnutrição até infecção pelo zika vírus, que, desde o ano
passado, assusta os brasileiros, principalmente no Nordeste. A região é a que
mais apresenta casos notificados e confirmados da microcefalia: 2.056 e 1.446,
respectivamente. O problema ocorre principalmente em Pernambuco, onde há 369
bebês com a malformação. Já Santa Catarina, no Sul, e Pará, no Norte do País,
são os únicos Estados com apenas um caso confirmado.
(IG)