10 julho 2016

Fornecedor de campanha de Dilma é investigado por caixa 2

A Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em negócios do segundo maior fornecedor da campanha da presidente afastada Dilma Rousseff. Relatório da Receita Federal repassado à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal mostra que, entre 2010 e 2014, uma das empresas de Carlos Roberto Cortegoso, a CRLS Consultoria e Eventos, movimentou quase R$ 50 milhões, cinco vezes o valor declarado no período. Os investigadores apontam contabilidade "atípica" e indícios de caixa 2 com recursos provenientes do PT e de esquemas de desvios na Petrobrás e no Ministério do Planejamento. "A CRLS, segundo a Receita Federal, movimentou em suas contas cerca de R$ 25 milhões de entrada (crédito) e R$ 24 milhões de saída, mas declarou receita bruta de menos de R$ 10 milhões", afirmam procuradores da República da Custo Brasil. Cortegoso é proprietário da CRLS e da Focal Confecções e Comunicação Visual, que recebeu R$ 25 milhões na última campanha de Dilma e ficou atrás apenas do publicitário João Santana (R$ 70 milhões), preso preventivamente em Curitiba na Lava Jato. As empresas têm sede em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O empresário fornece ao PT estruturas de palanques e materiais desde a campanha à reeleição de Lula, em 2006. Ele ficou conhecido como "garçom" do ex-presidente por ter trabalhado em restaurante frequentado por sindicalistas petistas.
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