Em artigo publicado nesta terça-feira
(5), o The New York Times enumera três casos recentes de homofobia que culminaram em morte para
falar sobre o que chamou de ‘epidemia de violência contra gays’ que o Brasil
está enfrentando. Gabriel Figueira Lima, morto a facadas em Manaus no
último dia 16; Edvaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira, encontrados no
porta-malas de um carro carbonizado no sertão da Bahia no último dia 10;
Wellington Júlio de Castro Mendonça, apedrejado até a morte no Rio de Janeiro
no último dia 24. As três histórias compõe dados alarmantes divulgados pelo
artigo: cerca de 1,6 mil morreram em ataque de homofobia nos últimos quatro
anos e meio; isso quer dizer que, todos os dias, no Brasil, um homossexual ou
transexual é assassinado. Os números, lembra o periódico norte-americano,
podem ser bem maiores, já que a polícia brasileira costuma a omitir quando o
caso de homicídio envolve crime de ódio. “Tais estatísticas são difíceis
de entender”, completa o artigo, “visto que o Brasil sustenta uma imagem de
sociedade tolerante e aberta”. A livre expressão sexual do carnaval e a Parada
do Orgulho LGBT de São Paulo – a maior do mundo, também são citadas como
exemplos contraditórios às estatísticas.
