Uma cena curiosa aconteceu na Câmara de Vereadores de Feira de
Santana, na Bahia. No início desta semana, o parlamentar Edvaldo Lima (PP) usou
a tribuna para criticar um projeto de lei, de autoria do deputado federal Jean
Wyllys (PSOL-RJ), que pede a retirada de trechos considerados homofóbicos da
bíblia. O projeto, entretanto, nunca existiu. Ainda assim, o vereador
sugeriu que a Câmara Municipal desse entrada a uma moção de repúdio contra o
deputado, que estaria tramitando esse projeto no Congresso Nacional. “Agora
esse deputado bota um projeto de lei para retirar textos da bíblia”, afirmou na
tribuna, após dizer que Wyllys é o “Talibã do Brasil”, em referência ao grupo
extremista que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001. O projeto de lei
citado pelo vereador surgiu, na verdade, de um boato espalhado nas redes
sociais. Depois da gafe, a Câmara Municipal de Feira de Santana divulgou uma
nota de esclarecimento. “Assim que o vereador cogitou a moção de repúdio,
alguns vereadores e a Assessoria de Comunicação da Casa, de imediato, lhe
alertaram sobre a inveracidade da notícia. Partindo deste pressuposto, a
votação da moção foi abortada”, informa a nota. Em sua página do Facebook, o deputado federal
Jean Wyllys se manifestou sobre o ocorrido e solicitou um pedido de desculpas
da parte do vereador Edvaldo Lima.
(Band)