Há quem roa as unhas quando está
nervoso, há quem bata constantemente com o pé no chão assim que surgem os
primeiros sinais de estresse, há quem fique com dores na barriga, há quem tenha
tremeliques nos olhos e há, ainda, quem ganhe manchas na pele assim que o
estresse e a ansiedade chegam. A pele não é apenas um espelho fiel dos
momentos de nervosismo/estresse, como é também uma das partes do corpo que mais
sofre com a incapacidade de controlar a ansiedade e todos estes sentimentos tão
comuns do dia-a-dia. Natalie Semchyshyn, dermatologista e docente na Saint
Louis University, revela à revista Health que “qualquer condição de pele pode
ser agravada com o estresse”, especialmente o stress crônico. “O
estresse crônico altera os níveis de certas hormônios no nosso corpo, o que
pode afetar o sistema imunológico”, alerta a médica, salientando que tal pode
ter um impacto direto e grave na saúde e aspecto da pele, tal como acontece com
a urticária, uma reação alérgica a alimentos ou medicamentos,
mas que pode também manifestar-se junto com outros fatores ambientais (como o
estresse, o nervosismo e a ansiedade) ou de problemas de saúde, como doenças
auto-imunes, lúpus, tiroide, linfomas, etc. A acne é outro exemplo de como o estresse pode ter
consequências severas para a pele. Comum nos adolescentes – agravando-se nos
momentos de mais tensão, como os exames – este problema cutâneo é uma resposta
do organismo à incapacidade da pele em afastar os ‘intrusos’. O
estresse pode também causar rosácea,
doença de pele da face humana, que se caracteriza por manchas
avermelhadas, que “é uma resposta visível do que está a acontecer no nosso
corpo”, diz a médica, destacando que os casos mais severos e constantes de
stress podem ainda desencadear psoríase.
