O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ao STF que
Henrique Alves, ministro do Turismo no governo Dilma e atualmente comandando a
mesma pasta no governo Temer, atuou para receber recursos desviados da
Petrobras em troca de favores para a OAS, empreiteira investigada na Operação
Lava Jato. As informações são da Folha de S.Paulo. De acordo com a reportagem,
uma parcela deste dinheiro, desmantelada pela Lava Jato, teria abastecido a
campanha de Henrique Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. Na
ocasião, ele saiu derrotado. O acordo também envolveria o ex-presidente da
Câmara Eduardo Cunha e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. A procuradoria
busca investigar os três. "Houve, inclusive, atuação do próprio Henrique
Eduardo Alves para que houvesse essa destinação de recursos, vinculada à
contraprestação de serviços que ditos políticos realizavam em benefício da
OAS", escreveu Janot, no despacho obtido pela Folha. É a primeira vez que
Janot liga repasses feitos para o Alves, que também foi ministro de Dilma, aos
desvios na Petrobras. O despacho também "verificou não apenas a
participação de Henrique Eduardo Alves nesses favores, como também o
recebimento de parcela das vantagens indevidas, também disfarçada de 'doações
oficiais'".
(Folhapress)