21 junho 2016

Aliados iniciam desembarque, e cresce pressão para Cunha sair

hora de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perder o mandato parece estar realmente chegando, e, com isso, os aliados já começaram a debandar. Após a inesperada derrota no Conselho de Ética da Casa, o presidente afastado da Câmara começa a perceber que seu poder está se diluindo aos poucos. Ontem, por exemplo, ele recebeu duas sinalizações de que não escapará de ser expulso do Parlamento. Primeiro, Cunha recebeu a notícia de que o presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), retirou a consulta feita à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que poderia livrar o peemedebista da cassação. Na consulta, Maranhão questionava genericamente sobre ritos de processo de quebra de decoro parlamentar na Câmara. Entre outras coisas, a discussão poderia abrir uma oportunidade de uma punição a Cunha menor do que aquela definida pelo Conselho de Ética. Com a retirada, a CCJ não vai mais se manifestar sobre o tema, que deixou de tramitar. Ontem, porém, em ofício enviado à comissão, Maranhão argumentou que, em processo político-disciplinar, o que deve ser submetido ao plenário é o parecer, e não um projeto. Ele explica que chegaram a seu conhecimento duas situações em anos anteriores em que a CCJ já havia se manifestado sobre o envio de um projeto ao plenário para substituir um parecer. A primeira consulta, segundo Maranhão, foi em 1991, e a segunda, em 2005.
(IG)
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