Ao retornar para o Senado um dia depois de pedir exoneração do
Ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi alvo de duas
representações, uma com pedido de cassação de mandato no Conselho de Ética do
Senado e outra de investigação na Procuradoria-Geral da República. As
representações têm como base a gravação na qual o peemedebista conversa com o
ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e sugere a ele um pacto para
estancar as investigações da Lava Jato. A elas se soma a representação feita na
segunda-feira (23) pelo PSOL também na Procuradoria-Geral da República, que
pede a prisão do senador peemedebista. Para os autores das três ações, na
conversa houve tentativa o senador peemedebista de obstrução das investigações
da Operação Lava Jato. No Conselho de Ética, o pedido de cassação feito pelo
PDT contou com a assinatura do senador Telmário Mota (RR), inimigo político de
Jucá em Roraima e com quem o peemedebista passou o dia de ontem trocando
insultos públicos de "bandido". No documento de sete páginas, os
autores afirmam que "é clara - sem sombra de dúvidas - a intenção do
senador denunciado de buscar proteção pessoal e se esquivar do alcance das
investigações, mediante um grande acordo"
(IG)