Em quase um mês, somente sete das 25 legendas da Câmara indicaram
membros para a comissão especial do impeachment do vice-presidente Michel
Temer. O processo tem como base a mesma acusação que recai sobre a presidente
Dilma Rousseff, as pedaladas fiscais, cujo afastamento foi aprovado pela Câmara
e será analisado no Senado. No caso de Dilma, as nomeações para o colegiado
foram feitas em um dia. Desde o início do mês, PT, Rede, PCdoB, PEN, PMB, PSOL
e PTdoB fizeram indicações para analisar o impeachment de Temer - ainda restam
51 nomeações. Entre as siglas que integravam a base do governo, PSD, PR e PROS
não fizeram indicações. O bloco da Maioria, que tem direito a 26 vagas, fez
apenas uma indicação, a de Junior Marreca (PEN-MA). Na oposição, PSDB, DEM, PPS
e PV também estão entre os que não se pronunciaram. Nesta segunda-feira, 25, o
líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), voltou a afirmar que não indicará nomes
para compor a comissão, porque não há nenhum deputado interessado. Posição
semelhante foi indicada por siglas como PPS e PMDB. No início do mês, o líder
do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), disse ter se negado a participar da obstrução,
porém nenhum nome foi indicado pelo partido. O PSDB deve discutir o assunto na
reunião da bancada amanhã.
