20 abril 2016

ANÁLISE: Impeachment prevê barrar Lava Jato e blindar Cunha, Temer e Aécio

Após a decisão de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que foi votado na Câmara dos Deputados no último domingo (17) surgem os possíveis "conchavos" por trás do "acordão" do impeachment. A reportagem da Gazeta do Povo recorda que o jornal espanhol El País frizou que “o temido efeito colateral do impeachment (…) já está em curso”. O diário considera que os aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já trabalham para retribuir a ele a aprovação do impeachment. A proposta seria livrar o peemedebista do processo no Conselho de Ética da Casa. A publicação refere ainda que o o grupo aliado de Cunha teme que ele seja cassado e perca o foro no Supremo Tribunal Federal (STF), onde está sendo processado por corrupção. “Se isso acontecer, ele perderia o direito ao foro privilegiado, e poderia ser julgado pelo implacável juiz federal Sérgio Moro”, informou o El País. Deputados do PMDB confirmaram a tendência ao jornal espanhol. “O juízo da casa é um juízo político, de conveniência e oportunidade”, afirma o deputado paranaense Osmar Serraglio (PMDB-PR), para quem o processo no Conselho “não vai dar em nada, uma vez que o Cunha tem maioria lá”. Essa visão não é diferente em partidos que não poiam Dilma nem Temer. “Está se confirmando o que nós já sabíamos, é uma grande farsa, eu não ficaria nem um pouco surpreso se ele fosse anistiado pelo Conselho de Ética”, afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
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