Os cientistas da rede de pesquisa montada em São Paulo para pesquisa do
vírus zika vão passar o recesso de Natal e Ano Novo trabalhando para estudar a
doença. Pelo menos 160 pesquisadores, distribuídos por 31 laboratórios pelo
estado, estão com projetos em andamento. Na terça-feira (22), o ICB (Instituto
de Ciências Biomédicas), da USP, já tinha conseguido manter culturas do vírus
em células - algo necessário para uso em experimentos e para diagnósticos por
DNA. As primeiras fêmeas de camundongo grávidas foram infectadas na véspera de
Natal, para um estudo que busca mostrar como o zika pode estar causando casos
de microcefalia, fenômeno registrado sobretudo no Nordeste. Segundo os
cientistas, a expectativa é que, dentro de pouco mais de um mês, já exista um
exame para diagnosticar o zika por sorologia - mais prático, barato e versátil
que o de DNA. Isso será essencial para investigar a distribuição do vírus em
São Paulo, onde se suspeita que muitos diagnósticos de dengue sejam na verdade
casos de zika.
(Bem Estar)