Principal líder da oposição ao governo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG)
foi citado por quatro delatores ao longo das investigações da Lava Jato,
segundo informa o jornal Zero Hora. Um deles foi o doleiro Alberto Youssef, ao
afirmar que o candidato derrotado à presidência em 2014 recebeu dinheiro
desviado de Furnas, empresa de economia mista vinculada ao Ministério de Minas
e Energia, entre 1996 e 2000, durante a gestão FHC. Problemas em Furnas também
foram mencionados pelo lobista Fernando Moura. Ele disse ter ouvido sobre uma
divisão de propina na estatal entre o PT e Aécio. Carlos Alexandre de Souza, o
Ceará, outro delator, chegou a dizer no ano passado que Aécio era o "mais
chato" na cobrança de propina junto à UTC. Ele garante ter levado R$ 300
mil para um diretor da empreiteira que repassaria o valor ao tucano. Por fim, o
senador petista Delcídio Amaral teria mencionado uma interferência de Aécio em
uma CPI do Congresso. Outros detalhes desta delação, no entanto, não foram
vazados.
