Após
seis anos de estudo, quase metade dos recém-formados em cursos de medicina do
Estado de São Paulo foi reprovado no exame do Cremesp (Conselho Regional de
Medicina do Estado de São Paulo), realizado no ano passado. Dos 2.726
inscritos, 48,1% não atingiram a nota mínima para aprovação, equivalente a 72
de 120 questões. Entre os graduados em escolas de medicina particulares, a
reprovação foi de 58,8%. Já nas universidades públicas, o percentual ficou em
26,4%. Os resultados foram divulgados ontem pelo presidente do Cremesp, Bráulio
Luna Filho. Desde 2011, o número de formados aprovados não superava o de
reprovados. Na avaliação de Luna Filho, mesmo com a melhora, os
resultados ainda são preocupantes. “A prova não é difícil. Ela aborda questões
conhecidas. São temas simples, que o recém-formado deveria responder, mas não
conseguiu”, afirmou. O exame, que chegou a sua 11ª edição, não é
obrigatório e seus resultados não impedem o participante de trabalhar como
médico. Em dezembro, porém, decretos das secretarias municipal e estadual
de Saúde passaram a obrigar os formados a realizar a prova para poder se
candidatar em concursos públicos da área da saúde, independente do desempenho
obtido.
(Band)