01 fevereiro 2016

Corrupção eleva processos contra empresas brasileiras nos EUA

Os advogados nos Estados Unidos resolveram fechar o cerco a empresas brasileiras envolvidas em denúncias de corrupção e outras irregularidades. Nos últimos meses, cinco companhias do país ou com negócios no Brasil foram alvo de 38 processos nos tribunais norte-americanos. Com a ajuda do Brasil, o número de ações coletivas abertas nos EUA relacionadas a irregularidades no mercado de capitais alcançou em 2015 o maior nível desde 2008. O maior número de ações envolvendo empresas brasileiras acontece por conta dos reflexos das investigações da Operação Lava Jato. Só a Petrobras teve 28 processos individuais e cinco ações coletivas abertas nos EUA. O próprio juiz designado para o caso, Jed Rakoff, se disse surpreso com o elevado número de litígios contra a petroleira. Ainda no âmbito da Lava Jato, a construtora OAS teve uma ação coletiva e a Braskem duas outras. Fora da Lava Jato, a Vale foi alvo de uma ação coletiva em dezembro por conta do desastre provocado pelo rompimento de uma barragem em Minas Gerais pela Samarco. A Cnova foi a mais nova empresa com negócios no Brasil processada nos EUA, por causa de problemas envolvendo roubo de estoques pelos seus funcionários. A companhia pertence ao grupo francês Casino e é baseada na Holanda, mas controla os negócios de comércio eletrônico de nomes como Ponto Frio e Casas Bahia. "Indícios de corrupção e um histórico de falta de comunicação clara com o mercado de eventos relevantes certamente irão desencadear litígios, sobretudo se as denúncias de corrupção estão ligadas à queda dos preços das ações", disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o professor da Stanford Law School, Joseph Grundfest.
(BN)
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