O procurador Frederico de Carvalho Paiva, da força-tarefa responsável
pela Operação Zelotes, disse nesta terça-feira, 26, que são grandes as
dificuldades de provar o pagamento de propinas, principalmente a parlamentares,
no caso que apura a suposta compra de medidas provisórias editadas no governo
federal. O procurador explicou que a denúncia ajuizada na Justiça Federal, em
Brasília, demonstrou o recebimento de vantagens por ao menos dois servidores
públicos: a ex-assessora da Casa Civil e ex-secretária executiva da Câmara de
Comércio Exterior (Camex) Lytha Spíndola; e o ex-chefe do setor de Comunicação
do Senado Fernando César Mesquita. Ambos negam. Paiva afirmou que os recursos
pagos por montadoras para escritórios de consultoria responsáveis pelo lobby
das MPs no Congresso e na Fazenda foram retirados na boca do caixa, o que
impede o rastreamento da trilha do dinheiro. Houve, segundo ele, saques de R$ 1
milhão. "Na medida em que você tem cash, mochila lotada de dinheiro, você
não consegue rastrear mais. Parlamentar deve ter recebido, mas provar isso é
muito difícil. A gente vai até um limite", declarou o promotor, ao deixar
a Justiça Federal no segundo dia de audiências de testemunhas na Zelotes.
26 janeiro 2016
Reginaldo Monteiro
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