11 dezembro 2015

Homens se queixam mais porque têm mesmo menos 'saúde'

Quem nunca ouviu dizer que os homens reclamam mais e que não aguentam dor ou as doenças? A verdade é que não se trata de mais um argumento da eterna ‘guerra dos sexos’. A psicóloga Julia Vidal explicou ao El País esta questão: “a dor tem um componente emocional e está relacionada com os processos de socialização” e é aqui que reside “a diferença entre homens e mulheres, na valorização da dor”. Como refere a especialista, “os homens estão socializados para assumir riscos e enfrentar desafios, convencidos que têm de ser fortes. Quando têm uma doença, o seu sinal de perigo se ativa, consideram-na uma ameaça para o seu papel de ser forte e a forma de abordar esta situação é pior do que a das mulheres”. Ainda que os homens estejam se libertando do estereótipo de ‘homem duro’, ainda arrastam a herança de que a debilidade é uma condição à qual não se podem permitir. “Quando ficam doente, sentem-se vulneráveis e dependentes e estão muito incomodados com essa situação”, acrescenta Julia Vidal. Além das condicionantes culturais, existem diferenças biológicas que fazem com que, efetivamente, eles adoeçam mais do que as mulheres. De acordo com um estudo da Universidade de Stanford, os homens são mais suscetíveis às bactérias, vírus, fungos e infeções parasitárias e que a sua resposta às vacinas é mais débil do que as mulheres.
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