Apesar da convocação pelas redes sociais e o apoio dos principais grupos
anti-Dilma do País, a primeira passeata pelo impeachment realizada nesta
segunda-feira (19) na capital paulista não teve grande adesão. Especialmente
quando comparada aos principais protestos contra a presidente realizados em
2015, que chegaram a levar um milhão de pessoas à avenida Paulista em março,
segundo estimativas da Polícia Militar – 210 mil, para o Datafolha. Com
concentração no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, às 18h, o protesto
teve cerca de 1,5 mil, de acordo com a PM, número que inclusive decepcionou
alguns dos presentes. "Achava que ia ter muito mais gente. Fui àqueles da
Paulista e a expectativa era essa", lamentou um deles. O sentimento era
semelhante ao de uma senhora que tentava com dificuldade erguer um bandeirão de
mais de 30 metros com a ajuda de poucos. "Precisamos de mais gente, ela é
grande demais para nós", comentou ela. Apesar da baixa adesão, o ato
encontrou apoio ao longo do trajeto, que atravessou uma das mais abastadas
regiões da cidade, passando pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Nove de
Julho, que foram tendo suas pistas fechadas à medida que ele avançava. Em
diversos trechos, motoristas, incentivados pelos manifestantes,tocaram as
buzinas de seus carros em demonstração de apoio aos anti-Dilmistas.
