Governadores de sete estados e uma vice-governadora fizeram um apelo
nesta quarta-feira (16) a deputados e senadores da base aliada para que aprovem
a proposta de recriar a CPMF com uma alíquota de 0,38%, maior do que a proposta
de 0,2% feita pelo governo federal. Para eles, o imposto deveria ser divido
entre União, estados e municípios – 0,2% ficariam com a União e 0,18% para os
Executivos locais. Foram ao Congresso Nacional os governadores Luiz Fernando
Pezão (RJ), Rui Costa (BA), Waldez Góes (AP), Camilo Santana (CE), Renan Filho
(AL), Belivaldo Chagas (em exercício, SE), Marcelo Miranda (TO), Wellington
Dias (PI) e a vice-governadora Nazareth Araújo (AC). Após conversar com
parlamentares e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o
governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), argumentou que todos
os estados do país vivem uma crise econômica difícil e precisam de mais
receitas. O encontro com deputados ocorre dois dias depois de reunião dos
governadores com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto para
discutir as medidas do ajuste fiscal, propostas na última segunda (14). O pacote
do Executivo, que já enfrenta resistência do Congresso, propõe a volta
da CPMF com uma alíquota de 0,2%. Os recursos iriam somente para
a União e serviriam para suprir gastos com a Previdência Social. O novo imposto
precisa ser instituído com a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição
(PEC, que o Planalto deverá enviar ao Congresso na próxima semana. Na reunião
com governadores, a presidente sugeriu que eles procurassem suas bancadas para
propor um aumento na alíquota e o compartilhamento dos recursos. Pezão afirmou
que Cunha disse ser
contra a proposta de recriar o imposto sobre
movimentações financeiras, mas prometeu não "atrapalhar" a tramitação
da proposta. "Ele é contra. Colocou isso nitidamente ali, mas disse que
não vai atrapalhar o pleito. Todos nós fizemos um apelo a ele para colocar em
votação", afirmou Pezão.
(G1)