11 setembro 2015

Com sexo explícito em 3D, 'Love' é rejeitado por exibidores no Brasil

Após enfrentar a proibição do Blu-ray de "Azul é a cor mais quente", a distribuidora Imovision vê uma de suas apostas do ano ser rejeitada pelos exibidores. Com cenas de sexo explícito em 3D, incluindo uma ejaculação na direção do público, "Love", do diretor argentino Gaspar Noé ("Irreversível"), estreia nesta quinta-feira (10) em menos salas do que o esperado. "No Brasil, já é complicado para filmes independentes estrearem em circuito multiplex. Esse filme junta cultura e entretenimento, considerando sexo como entretenimento. O fato é que, numa primeira etapa, todos os exibidores grandes adoraram a ideia de exibi-lo e, depois, a maioria recuou", afirma Jean-Thomas Bernardini, fundador da Imovision, em entrevista ao G1. Ele se refere principalmente às redes Cinemark, que não exibirá o filme, e Cinépolis, que garantiu um número de salas, mas cancelou sessões. Segundo a assessoria de imprensa da Imovision, o Brasil é um dos primeiros países a exibir o longa, que deve entrar em cartaz em 48 salas nesta quinta, sem horários confirmados . "Queríamos fazer a pré-estreia, no dia 6, o Dia do Sexo, em 300 salas e acabou sendo em 45 por causa da classificação do filme para 18 anos", diz Bernardini. "Tudo o que é um pouco diferente aqui a gente sofre. O sistema de exibidores no Brasil é pra lá de conservador. Se fosse possível classificar como 30 anos, teriam colocado. Se não quer exibir, não quer, paciência". Na França, a produtora Wild Bunch brigou com o ministério da Cultura para que a classificação de "Love" fosse 16 anos. Eduardo Chang, gerente de programação da Cinépolis do Brasil, diz ao G1 que fechou com a Imovision apenas uma sessão de "Love" em SP e após 22h. "É um conteúdo com sexo explícito e não faz sentido o filme ter sessões regulares", explica Chang.
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