A 16ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal
(PF) na madrugada desta terça-feira (28) em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói
(RJ), São Paulo e Barueri (SP). São cumpridos dois mandados de prisão
temporária, além de 23 mandados de busca e apreensão e cinco de condução
coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A operação foi
batizada de "Radioatividade". Um dos presos é o diretor-presidente
licenciado da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, Othon Luiz Pinheiro da
Silva, que foi detido no Rio de Janeiro. Ele foi afastado em
abril deste ano. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser
prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o
investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os
presos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba. O foco das
investigações desta fase, segundo a PF, são contratos firmados por empresas já
mencionadas na Operação Lava Jato com a Eletronuclear, cujo controle acionário é da União. A
empresa foi criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares e
responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no
país. Ainda de acordo com a PF, a formação de cartel, o prévio ajustamento de
licitações nas obras de Angra 3 e o pagamento indevido de vantagens financeiras
a empregados da estatal são os objetos de apuração da atual fase. Angra 3 será
a terceira usina nuclear do país e está em construção na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Ela terá potência de 1.405
megawatts (MW) e gerará energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte por
um ano.
(globo.com)