O dólar avançou pela quarta sessão seguida nesta segunda-feira (27),
renovando a máxima em mais de 12 anos, pressionado pela apreensão dos
investidores com as perspectivas fiscais do Brasil e pelo forte tombo da bolsa chinesa. A
moeda norte-americana avançou 0,50%, a R$ 3,3640 na venda. É a maior cotação desde o dia 28 de
março de 2003, quando o dólar encerrou a sessão a R$ 3,3757. Na máxima do dia,
a moeda norte-americana subiu 1,06%, a R$ 3,38, maior nível para o dia desde 31
de março de 2003, quando foi a R$ 3,39, segundo a Reuters. No mês de julho, o
dólar acumula alta de 8,2%. Em 2015, a moeda avançou 26% até esta
segunda-feira. "O dólar diminuiu as altas, mas é um movimento passageiro,
um pequeno ajuste depois de altas relevantes nas últimas sessões.
Particularmente, eu acredito que (a moeda norte-americana) rompe o patamar de
R$ 3,40", afirmou a operadora de um banco nacional, que pediu anonimato. Na
quarta-feira passada, o governo reduziu suas metas fiscais para este e os
próximos dois anos, abrindo brecha inclusive para déficit
primário em 2015. A decisão surpreendeu e decepcionou investidores, que
entenderam a manobra como sinal de menor comprometimento com o reequilíbrio das
contas públicas e temem que o Brasil possa vir a perder seu grau de
investimento. A reação no mercado cambial foi imediata, com fortes altas da moeda
norte-americana, que acumularam 5,48% nas três sessões anteriores.
(G1)