Professores da rede pública estadual de São Paulo decidiram, em assembleia realizada
nesta sexta-feira (12) no vão livre do Masp, pelo fim da greve que começou em
março e foi considerada a mais longa da história do sindicato. Eles devem
retornar ao trabalho na segunda-feira (15). A categoria encerrou a greve sem
conseguir reajuste salarial. Entre assembleias, protestos em frente à
Secretaria Estadual da Educação e bloqueios de rodovias, a categoria realizou
ao menos 24 manifestações durante os 92 dias parados. Os professores
reivindicavam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com
formação de nível superior. O governo diz ter dado reajuste de 45% em quatro
anos. A assembleia desta sexta-feira foi a 13ª desde que a greve foi declarada, em 13 de março.
A greve já dava sinais de enfraquecimento. Na assembleia anterior, em 3 de
junho, não houve consenso na primeira votação sobre o destino da greve. A
segunda votação, que decidiu pela continuidade, foi acirrada. A presidente do
sindicato da categoria (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, indicou, antes da
votação que decidiu pelo fim da greve nesta sexta, que ele já era cogitado.
"A resistência não pode ir além da sobrevivência dos professores",
disse.
(globo.com)