Aos gritos de "respeito", deputados
evangélicos e católicos fizeram nesta quarta-feira (10) uma manifestação no
plenário da Câmara contra a parada gay, a "marcha das vadias" e a
"marcha da maconha". Com cartazes que traziam fotos da 19ª Parada do
Orgulho LGBT, realizada no domingo (7), eles subiram à tribuna e pediram que
atos públicos que "ferem a família" e a liberdade religiosa sejam
transformados em "crime hediondo".Os parlamentares religiosos
criticaram, sobretudo, o fato de a atriz transexual Viviany Beleboni ter se
prendido na cruz, durante a parada gay, para representar o sofrimento dos
homossexuais no Brasil. "Os ativistas do movimento LGBT cometerem crime de
profanação contra símbolo religioso, ferindo a todos os cristãos ao usarem uma
pessoa pregada na cruz, utilizando símbolos do cristianismo de forma
escandalosa, zombando e ridicularizando o sacrifício de Jesus", diz nota
de repúdio lida na tribuna pelo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João
Campos (PSDB-GO). A nota é assinada ainda pelo deputado Givaldo Carimbão
(PROS-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana, e
pelo deputado Alan Rick (PRB-AC), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da
Vida e da Família. "Temos
que tipificar como crime hediondo essas cenas, que atingem nossas
famílias", discursou o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que também
participou do ato. Coube ao presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP),
sair em defesa da "diversidade" e do Estado laico.
(globo.com)