Estamos longe das eleições de
2018, mas nas conversas reservadas do Congresso a opinião quase unânime é de
que o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, já tomou a frente dos
senadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) numa previsível disputa pela
candidatura presidencial do PSDB. Em sua passagem por Brasília esta semana
Alckmin deixou claro que já está em campanha. E o grande marco dessas
articulações foi um jantar em sua homenagem na casa da família do deputado
Heráclito Fortes (PSB-PI), na terça-feira, promovido pelo vice-governador de
São Paulo, Márcio França (PSB), com a estimativa de cerca de 70 a 80 pessoas
presentes. Em tempo: Márcio Fortes, poderá assumir como governador, caso
Alckmin saia candidato a presidente, e concorrer à reeleição no cargo. “O
jantar foi uma grande demonstração de força. Deputados, tinham pelo menos
uns 50. De vários partidos”, conta o deputado Benito Gama, vice-presidente
nacional do PTB. Perguntado se seu partido apoiaria Alckmin para presidente,
Benito desconversa. Mas não muito: “Ainda é cedo. Mas já o apoiamos antes para
presidente.” Presidentes de partido presentes ao jantar tinham pelo menos dois,
Roberto Freire (PPS-SP) e José Luiz Penna (PV-SP). “O Alckmin foi muito educado
comigo e com o Freire, chamando para a secretaria deputados eleitos e abrindo
vaga para nós dois, que somos suplentes”, conta Penna. Perguntado se apoiaria o
governador para presidente, Penna tem a mesma reação de Benito, desconversa,
mas não muito: “A prioridade do PV é sempre a candidatura própria. Mas o
partido tem ‘liga’ com o Alckmin, sim.” O presidente do PV vai mais longe. Diz
que Alckmin está “muito melhor posicionado” que Aécio e Serra, entre aliados,
numa disputa pela candidatura tucana.
(IG)