A Rádio Bandeirantes descobriu como age e localizou um dos
envolvidos com a “máfia dos medicamentos” instalada no Hospital do Servidor do
Estado. O esquema se mantém baseado na falta de controle do estoque e,
principalmente, na falta de responsabilidade de alguns funcionários. Um
ex-funcionário do Hospital de Servidor Público do Estado de São Paulo, que não
quis se identificar, revelou o esquema e contou como foi abordado para
participar do encontro. “Me fizeram a seguinte proposta: você é um cara que não
parece suspeito, tem cara de bom moço, bonzinho e você pode ganhar dinheiro
fazendo isso. Você pega medicamento para gente e nós vendemos na rua. Eu seria
o ‘mula’”, explicou. Segundo o ex-funcionário, ele ganharia 20% de cada ampola.
De acordo com a tabela de preços da máfia dos remédios instalada no hospital,
cada ampola de um anestésico é vendida, por exemplo, por R$ 300. Umas das
enfermeiras da farmácia do hospital disse que é impossível saber onde e de que
forma estão sendo utilizados os medicamentos dentro do hospital. “A gente
não tem como rastrear os remédios. Ainda não temos esse tipo de tecnologia
aqui, infelizmente”, declarou.
(Band)