O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta semana o primeiro caso de zika
vírus no Estado de São Paulo. O infectado é um homem de 52 anos, morador do
Parque General Osório, em Sumaré. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica
(CVE), o paciente não teve histórico de viagem nos 15 dias anteriores aos
sintomas, que começaram em março. O caso foi descoberto porque o paciente havia
doado sangue no Hemocentro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
alguns dias antes de apresentar os sintomas. O Ministério da Saúde confirmou
outros 16 casos de zika vírus no País, sendo oito casos na Bahia e oito no Rio
Grande do Norte. O zika vírus é conhecido como "primo da dengue",
porque também é transmitido por meio da picada do Aedes aegypti, o mesmo que transmite
a dengue. As medidas de prevenção e controle são as mesmas já adotadas para a
dengue e chikungunya. O tratamento é sintomático e baseado no uso de
acetaminofeno (paracetamol) para febre e dor. Não está indicado o uso de ácido
acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de
complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. O Ministério da Saúde
alerta que independente da confirmação de outras amostras para zika vírus, é
importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos
suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo
clínico conforme o preconizado no protocolo vigente.
(IG)