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Sabesp poderá elevar suas tarifas em 15,24%, o que deve ocorrer em cerca de 30
dias. O aumento inclui a correção anual, mas também visa a compensar as perdas
causadas pela crise hídrica, pela alta dos custos da energia e pelo adiamento
do reajuste do ano passado, autorizado antes e aplicado depois da reeleição do
governador Geraldo Alckmin (PSDB). O índice de 15,24% é menor do que os 22,7%
solicitados pela Sabesp, mas maior que os 13,9% que inicialmente haviam sido
propostos pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São
Paulo (Arsesp), responsável por autorizar os reajustes. De acordo com a Arsesp,
0,5575% do índice aprovado decorre de mais uma compensação adiamento do
reajuste do ano passado. Aprovado em maio com o percentual de 5,4%, ele só foi
aplicado em dezembro pela companhia, já com uma compensação inicial que o levou
a 6,5%. Alckmin, cujo governo controla a empresa, se reelegeu em outubro. Outros 6,9154% dos
15,24% foram concedidos para compensar o impacto da crise hídrica e do aumento
das tarifas de energia elétrica. A falta de chuvas levou a um racionamento de
água que reduziu de 70 para 53 mil litros por segundo o volume de água
consumido na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), de onde a Sabesp tira
boa parte de seu lucro entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015.
(Último Segundo)