A Executiva Estadual do PT paulista aprovou nesta terça-feira (12), em
decisão unânime, que vai requerer na Justiça Eleitoral o mandato da
senadora Marta Suplicy, que anunciou que está deixando o partido depois
de 33 anos. No documento assinado pelo presidente do PT-SP, Emidio de Souza, a
Executiva argumenta que, ao contrário do que alega a senadora, o PT nunca
cerceou as atividades partidárias ou parlamentares dela, além de sustentar
que ela se recusou a dialogar com o partido. "Após sucessivas
recusas em dialogar com a direção do PT sobre as razões de suas supostas
insatisfações, Marta formalizou sua desfiliação do partido movida unicamente
por interesses eleitorais e desmedido personalismo", diz a nota assinada
pelo presidente estadual Emidio de Souza. "O PT nunca cerceou as
atividades partidárias ou parlamentares da atual senadora, ao contrário disso,
Marta Suplicy foi sucessivamente prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da
militância e das direções, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e
nomeada duas vezes ministra de Estado", prossegue o texto. A nota do PT
estadual completa que Marta colocou acima das atividades partidárias
"projetos pessoais e as conveniências do oportunismo eleitoral" que
não podem se sobrepor aos projetos coletivos e nem deformar a vontade do
eleitor expressa nas urnas. Embora o primeiro suplente de Marta Suplicy seja o
atual ministro dos Transporte Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), o PT entende
que a cadeira de Marta deve ficar com o segundo suplente, Paulo Frateschi, um
antigo dirigente do partido.
(IG)