A Justiça Federal aceitou as denúncias
contra quatro ex-deputados federais acusados
de envolvimento em esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato.
André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa, e Luiz Argôlo foram denunciados pelo
Ministério Público Federal (MPF) e são os primeiros ex-parlamentares réus em
processos derivados da operação. Dos quatro, apenas Aline Corrêa, que é filha de Pedro Corrêa,
não está presa na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Além deles, os outros nove denunciados pelo MPF
na quinta-feira (14) também tiveram as denúncias aceitas, e passam a ser réus,
dentre eles o doleiro Alberto Youssef. Segundo o MPF, Pedro Correa era
responsável, como liderança do Partido Progressista, pelo repasse geral de
propinas ao partido, tendo recebido diretamente R$ 40,7 milhões em propina do
esquema entre 2004 a 2014. Ele responde por crimes de corrupção passiva,
lavagem de dinheiro e peculato. “Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela
distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio”,
afirmou o procurador Deltan Dallagnol, do MPF. Também responde por peculato
neste processo a filha de Pedro Corrêa, Aline Corrêa, pela nomeação ao cargo de
secretária parlamentar na Câmara Federal de uma funcionária que não prestava
serviços, entre 2003 e 2012. O salário dela, conforme o MPF era desviado em
benefício dos responsáveis pela nomeação - antes de chegar ao gabinete de
Aline, ela foi nomeada no de Pedro Corrêa.
(G1)