12 maio 2015

CPFL está sucateada e perdendo qualidade

Enxugamento do quadro de funcionários, terceirizações de atividades-fim e menor investimento em tecnologia e capacitação de seus profissionais comprometeram a eficiência da CPFL Paulista e levaram a concessionária a reduzir sua capacidade de resposta em ocorrências de queda de energia. Esta é a avaliação do Sindicato dos Eletricitários de Bauru, que afirma que todo este processo teve início com a privatização da antiga Companhia Energética de São Paulo (Cesp), em 1997. “A fornecedora de energia deixou de ser uma empresa pública, com foco no desenvolvimento, para se tornar uma empresa privada, que se volta à ótica do lucro”, pondera o presidente do sindicato, Francisco Wagner Monteiro, o Chicão. Segundo ele, nos últimos 18 anos, o número de funcionários contratados diretamente foi diminuído pela metade em todo o Estado, totalizando, atualmente, cerca de 3,5 mil empregados. Parte do corte teria sido “amenizada” com a contratação de profissionais terceirizados para desempenhar não apenas atividades-meio, mas também atividades-fim - para Monteiro, uma estratégia da empresa para reduzir custos. “Com isso, uma queda de energia que demorava de 15 a 20 minutos para ser solucionada, hoje demora uma hora. A que levava uma hora, hoje demora 2, 3 horas. E as pessoas (consumidores) simplesmente foram se acostumando com isso”, argumenta. Ainda de acordo com o presidente sindical, a contenção de despesas não afeta somente a folha de pagamento, mas também investimentos no sistema e em novas tecnologias. “Além disso, os funcionários, incluindo os terceirizados, passaram a ter menos horas de cursos de capacitação. São, portanto, treinados e qualificados em menor proporção. Isso também reduz a capacidade de resposta da empresa”, pondera.
(JCnet)
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