06 maio 2015

Após fala de Lula, líder do PMDB retira apoio ao ajuste fiscal

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), surprendeu ao anunciar que seu partido não apoiará a Medida Provisória 665/14, que faz mudanças no seguro desemprego e no abono salarial. A MP 665/14 é a primeira de um conjunto de medidas que o Executivo encaminho ao Congresso para promover o ajuste fiscal pedido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O PMDB já havia concordado não apenas em votar o texto como deu seu apoio à MP 665/14. A fala do ex-presidente Lula na propaganda do PT veiculada na noite desta terça-feira motivou a reação do PMDB. “Não votaremos a MP 665, não mais. Até que o PT nos explique o que quer, se for o caso feche questão para votação das matérias do ajuste fiscal. Se não for assim, não conte conosco. Se há dúvidas e se o país não precisa desse remédio amargo, não vamos empurrar essa conta no trabalhador. Vamos defender e garantir as conquistas dos trabalhadores”, disse Picciani no Plenário da Casa. A fala de Picciani foi uma resposta ao discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na propaganda do PT exibida na noite desta terça-feira, criticou a aprovação do Projeto de Lei 4330, que prevê a terceirização da mão de obra pelas empresas, inclusive na chamada atividade fim. Acredita-se que após a aprovação desse projeto, muitas empresas deixem de contratar seus funcionários pelo regime da Consolidação das Lei de Trabalho e passem a fazer contratos via Pessoa Jurídica. O PMDB foi a locomotiva para aprovação dessa proposta na Câmara.
(Último Segundo)
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