O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse neste sábado (2)
que fará uma proposta de reajuste salarial para os professores da rede estadual
de ensino "na hora certa". Os docentes estão em greve desde o dia 13
de março e reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais
categorias com formação de nível superior. Segundo Alckmin, o último reajuste,
oferecido há oito meses, ainda é muito recente. Ele também citou o bônus
oferecido para os professores em abril. "Os professores confiam e sabem
que na hora certa nós vamos fazer sim uma proposta, mas que não é agora, oito
meses depois do último reajuste", disse o governador em visita à Expozebu,
em Uberaba (MG). A Secretaria de Estado da Educação afirma ter dado reajuste de
45% no acumulado dos últimos quatro anos e diz que apresentou três propostas em
reunião em 23 de abril, entre elas manutenção de uma "política salarial
pelos próximos quatro anos com data base em 1º de julho". Entretanto, o
governo não deu números nem detalhes de qual seria a proposta de reajuste para
o dissídio. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeoesp) que representa os professores, entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal de
Justiça de São Paulo (TJ-SP). Uma audiência de conciliação foi
agendada para a próxima quinta-feira (7), segundo a Apeoesp. Na quinta-feira
(30), os docentes decidiram em assembleia manter a paralisação e fizeram um protesto na capital
paulista. Os professores caminharam até a Praça da República, no
Centro, e jogaram sacos de sal perto do prédio da Secretaria Estadual da
Educação. É uma referência à época em que os salários eram pagos com punhados
de sal.
(G1)