Em carta aberta encaminhada ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi,
cinco senadores do partido pedem que a sigla se afaste do atual governo e
defendem que seja feita uma “oposição independente, democrática e trabalhista”.
No documento, os parlamentares afirmam perceber “risco de aniquilamento do PDT”
caso não sejam feitas mudanças nos rumos da legenda. Os senadores também
criticam o que consideram “agressões aos direitos trabalhistas” e “descaso com
a educação básica” no atual governo. A carta afirma que o governo é formado por
“PMDB como força dominante”, “auxiliado por PT”. “Siglas como a nossa acabam
sendo simples coadjuvantes esporádicos e legitimadores de medidas incorretas”,
diz a carta. “Recomendamos levar às direções e às bases do nosso partido a
proposta de sairmos do governo e, de forma independente, iniciarmos a marcha
para a definição de um programa trabalhista coerente com os tempos atuais”,
completa. A carta é assinada pelos senadores Cristovam Buarque (PDT), Reguffe
(DF), Zezé Perrella (MG), Lasier Martins (RS) e Telmario Motta (RR). O senador
Acir Gurgacz é o único membro do partido no Senado que não assinou o documento.
(G1)