Em
2012, o pastor André Valadão, conhecido então por uma próspera carreira na
música gospel, lançou um álbum que deixou muitos pastores encucados. A capa de
"Aliança", com as cores do arco-íris, mais parecia uma bandeira
LGBTQIA+. Valadão rebateu a enxurrada de críticas com Gênesis. Diz o
livro do Antigo Testamento que Deus formou um arco-íris para Noé se lembrar do
elo eterno com seu Criador. "Nós, igreja, temos a facilidade de entregar
ao inimigo aquilo que Deus deu pra nós", disse o mineiro à época. "O
arco-íris não é um símbolo de um movimento, é o símbolo de uma aliança que Deus
fez com o homem." Passados
11 anos, o pastor evocou o mesmo personagem bíblico para justificar uma
pregação que provocou indignação generalizada e o colocou na mira do Ministério
Público. Ele usou o púlpito da Lagoinha Church Orlando, que lidera desde 2017,
para afirmar que é preciso "resetar" pessoas LGBTQIA+ e que, se Deus
pudesse, "matava tudo e começava tudo de novo". Esse grupo teria ido
longe demais, e é missão de qualquer cristão decente detê-los, sugeriu no
culto. "Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer ‘nananinanão’,
‘pó parar', reseta. Aí Deus fala: não posso mais, já meti esse arco-íris aí. Se
eu pudesse, matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi a mim mesmo que
não posso, então agora tá com vocês."
(Estado de Minas)
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