A Santa Casa de Misericórdia de Pirajuí vive um drama financeiro e requer ajuda do poder público e da população para não fechar as portas. Isso porque as dívidas com fornecedores ultrapassam R$ 100 mil, além de contabilizar um déficit mensal de R$ 23 mil. Se a situação não for resolvida, a unidade hospitalar ficará inadimplente e perde ao menos dois benefícios que está prestes a conquistar. Há menos de dois meses como provedor da entidade, Gilmar Sagato Martins se reuniu na quarta-feira (8) com líderes do governo local e de três cidades da região que mantêm convênio para repasse de verbas ao pronto-socorro da Santa Casa, além de representantes de instituições filantrópicas na cidade. “Na reunião, eu expus a situação financeira difícil que enfrentamos no momento e pedi recursos para que não fiquemos inadimplentes. Se continuar assim, a Santa Casa fecha”, lamentou Martins. A preocupação dele é não conseguir emplacar projetos estaduais para que haja equilíbrio financeiro necessário à melhoria do atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Um deles é o Programa Pró-Santa Casa, do governo do Estado, que libera recursos extras a serem utilizados em custeio do hospital: na compra de medicamentos e alimentação e insumos em geral; na manutenção de equipamentos; bem como no pagamento de serviços médicos. Outro benefício que, conforme relatou Martins a unidade está prestes a receber, é o credenciamento junto ao Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-6), para autorizar a utilização de 15 leitos de longa permanência e mais quatro de desintoxicação, o que irá proporcionar ganhos de mais de R$ 60 mil por ano para a entidade. “Vou conseguir contratar mais médicos responsáveis pelas internações. Hoje temos somente um”.
(JCnet)