O Ministério da Justiça informou que a embaixada do Brasil em Roma foi
notificada oficialmente nesta sexta-feira (24) da decisão do governo italiano
de extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo
do mensalão do PT e que estava foragido no país europeu. Segundo informou o
secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcellos, o governo italiano ainda
deve enviar ao Brasil um novo comunicado informando a data a partir da qual
poderá ser realizada a entrega. Só a partir desta data começará a contar o
prazo de 20 dias para que Pizzolato seja trazido de volta ao país. O secretário
acrescentou que só a partir deste comunicado serão preparados os “ajustes
logísticos” junto à polícia da Itália para a busca, que deverá contar com
policiais brasileiros enviados ao país europeu. O tratado de extradição prevê
ainda que a Itália deverá informar ao Brasil o lugar e a data a partir da qual
a entrega poderá ser realizada. A norma também permite que o Brasil envie à
Itália, com prévia concordância, agentes devidamente autorizados para
conduzirem Pizzolato de volta, segundo informou a PGR. Pizzolato, que tem
cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento
do mensalão do PT, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de
dinheiro. Em 2013, fugiu para a Itália, antes de ser expedido o mandado de
prisão. Na manhã desta sexta, o governo italiano autorizou a extradição após
longa batalha judicial travada por autoridades brasileiras para que ele
cumprisse a pena no Brasil.
(G1)