01 março 2015

CARTA PARA MÃE DE GAY: Freud diz que não há nada que se envergonhar

Em 1935, Sigmund Freud respondeu carta de uma mãe preocupada com seu filho gay. A resposta do criador da psicanálise deixa claro que ele não acreditava que a homossexualidade fosse uma doença. Sua crença era de que toda pessoa nasce bissexual e a orientação sexual é definida mais adiante. Ele faz referências a vários gays célebres, como Platão, Michelangelo e Leonardo Da Vinci, garantindo à mãe: "É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como crime - e uma crueldade, também. Se você não acredita em mim, leia os livros de Havelock Ellis". Ellis (1859-1939), médico e psicólogo britânico, estudou a sexualidade e foi co-autor do primeiro livro britânico sobre homossexualidade, lançado em 1897. A carta de Freud acabou chegando às mãos do sexólogo americano Alfred Kinsey (1984-1956), responsável por um estudo até então inédito sobre comportamentos sexuais masculinos (1948) e femininos (1953), e foi publicada em uma edição do Jornal Americano de Psiquiatria em 1951. A partir daí, trechos dela foram citados em diversos estudos sobre sexualidade. A carta do criador da psicanálise, escrita à mão, está exposta atualmente no Museu da Sexologia, em Londres.
(IG)
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